O refluxo gastroesofágico pode também afetar a faringe e a laringe. Ao falar de pigarro nos lembramos do nosso vovozinho, do tio fumante, do amigo com sinusite com aquele catarro preso na garganta ou até mesmo aquele momento que nos prepararmos para falar em público. Recentemente, cresceram os casos de pigarro em decorrência do refluxo ácido do estômago que sobe além do esôfago e alcança a faringe e a laringe. Isso mesmo, o refluxo gastroesofágico pode também afetar a faringe e a laringe: o refluxo faringolaríngeo.
Que fique claro, o pigarro ocasional não faz mal, mas se acontecer com frequência pode ser sinal de algum problema de saúde.
No caso do refluxo faringolaríngeo o ácido do estômago alcança a laringe ocasionando o edema das estruturas superiores da laringe podendo até deixar as cordas vocais avermelhadas pela inflamação. Se o seu pigarro é acompanhado de tosse seca, sensação de “bola parada na garganta” ou rouquidão, o refluxo faringolaríngeo é uma possibilidade diagnóstica.
Muitas vezes o refluxo faringolaríngeo não é acompanhado dos sintomas típicos da doença do refluxo gastroesofágico: azia, queimação, regurgitações…. Isso se explica pelo fato de a mucosa laríngea ser muito mais sensível e não preparada para tolerar secreções ácidas como o esôfago. Por isso que, apesar dos sintomas diferentes, o tratamento das duas doenças é semelhante.
Pigarrear corresponde a uma batida forte entre as cordas vocais e pode irritar mais ainda a laringe. Para você que depende da voz para o seu trabalho ou que simplesmente detesta o seu estigma de pigarreador, procure ajuda médica. O problema pode ser bem mais simples do que você imagina.